sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Nightmare?

Acordo e ao abrir os olhos tudo permanece escuro
Fecho-os, esfrego-os e tento uma vez mais... Mesmo resultado
Começo a ficar paranoico e acho que estou cego
Continuo esfregando-os, agora avidamente, em busca da luz
Lágrimas, ardor e pânico se tornam minha realidade
Com a agonia de poucos minutos minha esperança morre
E então eu vejo algo em meio à escuridão

Dentes pontiagudos, garras afiadas, couro no lugar de pele
Uma foice aparece empunhada por sete mãos firmes
Eu noto uma arma que eu não tinha quando fui dormir
Desesperado, eu saco e atiro!
Uma, duas, quatro, incontáveis vezes

De alguma forma, chamei a atenção da criatura
Ela se aproxima lentamente, determinada
Eu sigo atirando, com munição infinita
Ela está sangrando muito, mas é como se não se importasse
Eu desisto de atirar, começo a correr
Dou de cara numa parede... Seria um labirinto?

Não há escapatória
Eu vejo o brilho da foice cruzar meus olhos
Sinto, dilacerando minha carne e meu espírito
Não sinto dor, não sinto raiva, não sinto nada... Paz completa
E então uma criança pálida ri como um bater de asas



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