domingo, 28 de dezembro de 2014

Desperto

Caminhando entre lá e cá, perambulando entre aqui e acolá
É perdido assim que eu sigo, é maluco assim que vivo
Nem desperto nem dormindo, nem chorando nem sorrindo
Do Caos brota a Razão, a Luz não existiria sem a Escuridão
Quem apostaria que o mundo é justo às vezes?

As coisas mais intrigantes da vida surgem repentinamente
Quando menos se espera, o que não se via está ali
Ando sonhando muito pra quem dorme pouco
Sonhos tão despertos, o inconsciente do que estava por aí
Misturam-se à conversas animadas, há milhas e milhas...

[It feel so close, it feel so far away]

O pouco tempo na eternidade é muito tempo

O próximo no infinito é muito distante
E assim tudo faz sentido, como 2 e 7 são 5
Desculpem-me os matemáticos, mas nunca fui bom com números
Sejam eles primos, irmãos, ou cabalísticos

[Fortune bona primitus voluntas est inversa - A vontade da Sorte primeiro está invertida]

Segue girando a Roda da Fortuna, até que tudo se ajeita naturalmente

A vida segue fluindo, sigamos aprendendo
Com novos tutores nos cuidando
Em pequenos pedaços de tempo da eternidade
Segue a vida inumérica, e só podemos ser, naturalmente, gratos

por Izaque Valeze



Um comentário:

  1. E eu, o que faço com esses números?! Essa postagem é tão familar, que parece minha; e tão bem escrita, que só podia ser sua. S2

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