domingo, 16 de abril de 2017

Si vis amari, ama

Dum tempo pra cá, tenho andado só
Mais um caminhante aleatório por ruas tortuosas
Eu não procurava nada, confesso
Já estava conformado em me perder no mapa
Mas, feito o Sol, teu brilho aquece e nunca se vai
Foi só olhar pra cima e vi
Nesse mundo prestes a explodir em bombas
Teu semblante arrasador, nuclear
Irradiava energia e pedia afago
Ao mesmo tempo, me continha e era contida
Meu coração explodiu
Meu corpo entrou em guerra
"De novo não!" - Dizia o comandante
Como obedecer uma ordem dessas?
Meus nervos tremiam feito bateria de metralhadora
Tiros surdos de porta-aviões eram as batidas do coração
O zumbido de um avião bombardeiro percorreu a espinha
Mesmo assim eu neguei
Tentei cumprir a ordem do comandante,
Mas meu espírito livre clamava por desobediência
E eu que nunca tive jeito para militar, me rendi
Agora minha soberania é tua
Leve o que quiser, só não me deixe aqui

por Izaque Valeze
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário